Considerado por muitos um mestre na captura dos bons momentos de um show, César Ovalle confirma seu talento através das expressivas fotografias exibidas por seu portfólio. E para os que pensam que seu talento se limita à fotografia de shows, Cesinha também trabalha com a produção de Videoclipes e DVDs, já tendo recebido um dos prêmios nacionais mais importantes para a área, o prêmio Multishow.
Saiba um pouco mais sobre a vida e o trabalho de César Ovalle.
1 - Defina o César Ovalle.
César Ovalle: Um cara que sempre vai em busca dos próprios sonhos. E que, enquanto corre atrás disso, sai por aí congelando instantes e eternizando movimentos.
2 - O interesse pela Fotografia surgiu quando e como?
César Ovalle: Costumo dizer que nasci interessado, ou melhor, influenciado. Cresci com meu pai me fotografando e me filmando. Acho que isso acabou contribuindo muito anos depois, quando tive que escolher que faculdade ia cursar. Formei-me em Rádio e TV e posteriormente estudei Fotografia.
3 - O quê a fotografia representa em sua vida?
César Ovalle: Ela é a minha vida até então. Trabalho com isso, vivo disso e acho que ela sempre vai fazer parte de mim. Como disse anteriormente, sou formado em Rádio e TV. Já trabalhei nesse meio e, hoje em dia, isso reflete no meu trabalho. Além da fotografia, também faço alguns trabalhos em vídeo (videoclipes, dvds e etc). Hoje em dia, esses dois trabalhos estão se fundindo cada vez mais.
4 - Você é conhecido como um mestre no que diz respeito à fotografia de bandas. Como você lida com esse reconhecimento?
César Ovalle: Fico muito feliz quando recebo e-mail falando sobre o meu trabalho. Vejo-o servindo de influência aqui ou ali, mas acho que tudo que remete a um título/adjetivo é exagero. Rótulos nunca foram muito úteis. Ser reconhecido é sempre muito bom, sempre gratificante, mas não acho que sou mestre em nada, muito menos na fotografia que é uma arte que você nunca sabe tudo. É sempre um eterno aprendizado, todos os dias.
5 - Quando vai fotografar bandas, você se limita somente ao show ou captura os bons momentos da viagem?
César Ovalle: Aí acho que varia do teu trabalho, o que você quer, para o que você foi contratado e tudo mais. No meu caso trabalhando com o NXZERO, digamos que o foco principal são os shows, mas há muito material também de momentos fora disso. Cenas em paradas na estrada, hotéis, ônibus, aeroportos e tudo mais.
6 - Como surgiu o interesse e a oportunidade de começar a fotografar shows?
César Ovalle: O interesse foi natural, pois desde que me entendo por gente (lá pelos meus 11 anos) eu já tinha banda. Sempre gostei de música. Então, quando comecei a fotografar, foi como juntar o útil ao agradável. Comecei fotografando bandas de amigos e shows underground. Até que um dia, fotografando um show do Los Hermanos em 2003, me deparei com as minhas fotos no site oficial deles. E foi aí que a coisa começou! Dessa época, até eu realmente me fixar na fotografia de shows, foram anos e anos. Eu não comecei profissionalmente com isso. Fiz muitos casamentos, muitos eventos sociais, books, etc.
7 - Como você classificaria seu estilo de trabalho?
César Ovalle: Definir é meio difícil, mas costumo trabalhar de forma espontânea sempre, tanto quando fotografo shows ou qualquer outra coisa. Mesmo sendo alguma foto produzida e tudo mais, tento fazer os cliques da forma mais espontânea possível, tento extrair daquele momento algo real e não algo muito posado/montado e planejado.
8 - Você registra bem os momentos mais marcantes de um show (saltos, cabelos voadores, olhares penetrantes). Você fica atento e clica no momento certo ou prefere deixar a câmera do disparo seqüencial e se surpreender com o resultado?
César Ovalle: Eu trabalho mais com a atenção e a economia dos cliques, e acho que esse outro método de disparo seqüencial só é necessário em uma ou outra situação. No caso dos shows, acho que é válido usar quando há estrobo no palco, onde realmente é muito difícil você clicar exatamente na hora da luz, aí a seqüência te ajuda. Fora isso, acho um tremendo desgaste. É algo que faz perder até um pouco o valor do momento.
9 - Fotografia e música andam juntas em sua vida. O quê você acha dessa relação? Você se diverte com ela?
César Ovalle: Muito! É o que me move e é o que eu respiro. Posso dizer que se eu não estivesse fotografando esse meio musical, eu não estaria 100% satisfeito com o meu trabalho. Corri pra chegar onde cheguei, e não foi à toa.
10 - Você é influenciado por algum fotógrafo famoso? Quais os fotógrafos você mais admira?
César Ovalle: Influenciado eu não sei. Não costumo ver muito o quê andam fazendo/fizeram para eu não me influenciar a ponto de acabar copiando o estilo deles. Mas, sem dúvida, há grandes fotógrafos que admiro muito. Não poderia deixar de citar grandes nomes da fotografia como Cartier Bresson e o brasileiro Sebastião Salgado. Já no meio musical, aqui no Brasil mesmo, temos grandes nomes como Rui Mendes e Marcos Hermes. Mas, no modo geral, uns que gosto bastante são Mark Seliger, David La Chapelle e Ryan Russell.
11 - Já ganhou algum prêmio de fotografia?
César Ovalle: De fotografia não, pois nunca participei de nenhum concurso ou coisa do tipo, mas já ganhei um Prêmio Multishow de melhor vídeo clipe, o que, de certa forma, tem um pouco a ver pois fui eu mesmo que fiz todas as imagens, e com certeza a fotografia entra nessa questão da composição, iluminação das cenas e tudo mais. Vale?
Fotografias:
Twitter: https://twitter.com/cesinha
Parabéns pela entrevista ta muito boa =)
ResponderExcluirOlá amor!!! Creditos totalmente à "Fotografe uma Ideia" que teve a honra de entrevista o Cesinha. Obg pelo comentarios :)
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