sábado, 14 de julho de 2012

Falando de Arte com César Ovalle




Perambulando o Brasil unindo Rock e Fotografia de uma maneira bastante ousada, César Ovalle (ou Cesinha, como é mais conhecido) cria um universo de luzes e sombras de um palco musical. 


Considerado por muitos um mestre na captura dos bons momentos de um show, César Ovalle confirma seu talento através das expressivas fotografias exibidas por seu portfólio. E para os que pensam que seu talento se limita à fotografia de shows, Cesinha também trabalha com a produção de Videoclipes e DVDs, já tendo recebido um dos prêmios nacionais mais importantes para a área, o prêmio Multishow.


Saiba um pouco mais sobre a vida e o trabalho de César Ovalle. 







1 - Defina o César Ovalle.
César Ovalle: Um cara que sempre vai em busca dos próprios sonhos. E que, enquanto corre atrás disso, sai por aí congelando instantes e eternizando movimentos.  


2 - O interesse pela Fotografia surgiu quando e como?
César Ovalle: Costumo dizer que nasci interessado, ou melhor, influenciado. Cresci com meu pai me fotografando e me filmando. Acho que isso acabou contribuindo muito anos depois, quando tive que escolher que faculdade ia cursar. Formei-me em Rádio e TV e posteriormente estudei Fotografia. 


3 - O quê a fotografia representa em sua vida? 
César Ovalle: Ela é a minha vida até então. Trabalho com isso, vivo disso e acho que ela sempre vai fazer parte de mim. Como disse anteriormente, sou formado em Rádio e TV. Já trabalhei nesse meio e, hoje em dia, isso reflete no meu trabalho. Além da fotografia, também faço alguns trabalhos em vídeo (videoclipes, dvds e etc). Hoje em dia, esses dois trabalhos estão se fundindo cada vez mais.


4 - Você é conhecido como um mestre no que diz respeito à fotografia de bandas. Como você lida com esse reconhecimento? 
César Ovalle: Fico muito feliz quando recebo e-mail falando sobre o meu trabalho. Vejo-o servindo de influência aqui ou ali, mas acho que tudo que remete a um título/adjetivo é exagero. Rótulos nunca foram muito úteis. Ser reconhecido é sempre muito bom, sempre gratificante, mas não acho que sou mestre em nada, muito menos na fotografia que é uma arte que você nunca sabe tudo. É sempre um eterno aprendizado, todos os dias. 


5 - Quando vai fotografar bandas, você se limita somente ao show ou captura os bons momentos da viagem?
César Ovalle: Aí acho que varia do teu trabalho, o que você quer, para o que você foi contratado e tudo mais. No meu caso trabalhando com o NXZERO, digamos que o foco principal são os shows, mas há muito material também de momentos fora disso. Cenas em paradas na estrada, hotéis, ônibus, aeroportos e tudo mais. 


6 - Como surgiu o interesse e a oportunidade de começar a fotografar shows?
César Ovalle: O interesse foi natural, pois desde que me entendo por gente (lá pelos meus 11 anos) eu já tinha banda. Sempre gostei de música. Então, quando comecei a fotografar, foi como juntar o útil ao agradável. Comecei fotografando bandas de amigos e shows underground. Até que um dia, fotografando um show do Los Hermanos em 2003, me deparei com as minhas fotos no site oficial deles. E foi aí que a coisa começou! Dessa época, até eu realmente me fixar na fotografia de shows, foram anos e anos. Eu não comecei profissionalmente com isso. Fiz muitos casamentos, muitos eventos sociais, books, etc.  


7 - Como você classificaria seu estilo de trabalho?
César Ovalle: Definir é meio difícil, mas costumo trabalhar de forma espontânea sempre, tanto quando fotografo shows ou qualquer outra coisa. Mesmo sendo alguma foto produzida e tudo mais, tento fazer os cliques da forma mais espontânea possível, tento extrair daquele momento algo real e não algo muito posado/montado e planejado. 


8 - Você registra bem os momentos mais marcantes de um show (saltos, cabelos voadores, olhares penetrantes). Você fica atento e clica no momento certo ou prefere deixar a câmera do disparo seqüencial e se surpreender com o resultado?
César Ovalle: Eu trabalho mais com a atenção e a economia dos cliques, e acho que esse outro método de disparo seqüencial só é necessário em uma ou outra situação. No caso dos shows, acho que é válido usar quando há estrobo no palco, onde realmente é muito difícil você clicar exatamente na hora da luz, aí a seqüência te ajuda. Fora isso, acho um tremendo desgaste. É algo que faz perder até um pouco o valor do momento. 


9 - Fotografia e música andam juntas em sua vida. O quê você acha dessa relação? Você se diverte com ela? 
César Ovalle: Muito! É o que me move e é o que eu respiro. Posso dizer que se eu não estivesse fotografando esse meio musical, eu não estaria 100% satisfeito com o meu trabalho. Corri pra chegar onde cheguei, e não foi à toa.  


10 - Você é influenciado por algum fotógrafo famoso? Quais os fotógrafos você mais admira?
César Ovalle: Influenciado eu não sei. Não costumo ver muito o quê andam fazendo/fizeram para eu não me influenciar a ponto de acabar copiando o estilo deles. Mas, sem dúvida, há grandes fotógrafos que admiro muito. Não poderia deixar de citar grandes nomes da fotografia como Cartier Bresson e o brasileiro Sebastião Salgado. Já no meio musical, aqui no Brasil mesmo, temos grandes nomes como Rui Mendes e Marcos Hermes. Mas, no modo geral, uns que gosto bastante são Mark Seliger, David La Chapelle e Ryan Russell. 


11 - Já ganhou algum prêmio de fotografia?
César Ovalle: De fotografia não, pois nunca participei de nenhum concurso ou coisa do tipo, mas já ganhei um Prêmio Multishow de melhor vídeo clipe, o que, de certa forma, tem um pouco a ver pois fui eu mesmo que fiz todas as imagens, e com certeza a fotografia entra nessa questão da composição, iluminação das cenas e tudo mais. Vale? 

Fotografias:












2 comentários:

  1. Respostas
    1. Olá amor!!! Creditos totalmente à "Fotografe uma Ideia" que teve a honra de entrevista o Cesinha. Obg pelo comentarios :)

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